quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Pág. 6 - O Observador

É tudo igual!

Tudo indica que o Projeto de Resolução, que, se aprovado, poderia estabelecer igualdade entre os vereadores de Rio Bonito vai por água abaixo. Se, parte dos vereadores é favorável, outra parte é contrária. Algumas desculpas e argumentações são descabidas, outras, porém, bem razoáveis. Analisando o caso percebe-se que forças ocultas estariam contribuindo para a não aprovação dessa mudança, que é inovadora e tornaria o Legislativo riobonitense, uma instituição a caminho da seriedade. Todavia, tem gente que é apegada ao antiquado, obscuro e ultrapassado!

Comportamento

Numa rede social, a leitora Fernanda Fonseca posta um dialogo no mínimo vergonhoso: Um cidadão riobonitense estava saindo do seu veículo que havia acabado de estacionar em cima da calçada, na descida da praça, quando um homem, que não é da cidade, se aproxima e pergunta: “amigo, os guardas municipais estão em greve? Eu não sou daqui e estou com medo de ser multado se deixar meu carro aqui, porque tem uma placa de PROIBIDO ESTACIONAR ali”. O ‘nativo’ responde: “greve nada cara, aqui é assim mesmo, é proibido, mas ninguém liga! Para aí!”. A conclusão da nossa leitora é perfeita: “Isso foi ridículo! Por isso que a cidade está um inferno... Depois querem cobrar dos políticos!”.

Comportamento II

Já passou o tempo de enterrarmos em definitivo a manjado e ardiloso hábito de classificar Rio Bonito como “uma cidade de gente ordeira e terra de um povo pacato”. Nada disso! Ouvindo determinados discursos, principalmente de políticos caras de pau (aqueles que lucram com essa afirmação), nós ficamos com a impressão que a nossa cidade é um convento de irmãs carmelitas ou um mosteiro da ordem franciscana. A verdade é que estamos bem distante disso!

Comportamento III

Assim como o alcoólatra precisa reconhecer que está doente para se tratar, a doença comportamental precisa ser reconhecida para se buscar o tratamento (os ‘maltoristas’ acham que a rua é uma extensão das suas casas). A falta de Educação e bom senso no Trânsito riobonitense, sobretudo em ruas como D. José Pereira Alves, Major Bezerra Cavalcante, Rua da Conceição, trechos da Av. Manuel Duarte, entre outros, mostram que estamos longe de sermos ordeiros e pacatos.

Comportamento IV

Apesar disso, nós brasileiros, sobretudo os moradores de municípios de menor porte (cidades que a Prefeitura Municipal é o principal empregador), adquirimos o hábito nocivo de viver choramingando e reclamando! Reivindicação e posicionamento diante dos debates do dia-a-dia, nada (“se eu falar alguma coisa eu vou me queimar”)! Mobilização e organização para mudar o cenário caótico, nada (participação desinteressada é uma raridade)!

Comportamento V

Vale lembrar que os problemas de Trânsito e ordenamento não podem ser pensados somente por um prefeito e 10 vereadores. A sociedade precisa participar, mas deixando de lado, o cinismo, a acomodação e o tradicional e peculiar “eu primeiro”. É covardia depositar a solução disso tudo na conta das autoridades. Contudo, como a transferência de responsabilidade está entranhada na essência do brasileiro, nós vamos precisar falar sobre isso por mais uns 30 anos. Ou seja, esse comportamento só será posto em prática quando as gerações futuras alcançarem a maturidade, porque a atual já se perdeu.

Luta com CCR ViaLagos

Enquanto os moradores das comunidades lindeiras a RJ – 124 não se organizarem para reivindicar as melhorias pleiteadas, o cenário de acidentes, mortes e descaso permanecerá. Reclamar não é bom. Não dá resultados. Reivindicação e mobilização, porém, são coisas diferentes e dão resultados imediatos, em médio e longo prazo. Quem se habilita? A própria concessionária espera isso e deve ficar surpresa ao perceber que 16 anos se passaram (ela chegou em 1996) e ela ainda não encontrou um adversário que a desafie, “porque ela é muito poderosa”! E viva a Justiça brasileira!

Lutas e mobilizações I

Ao abordar a necessidade de lutar, se mobilizar e reivindicar, além da questão da ViaLagos, outras questões deveriam ser pensadas e discutidas. Por exemplo: a absurda concessão da água de Rio Bonito para o Estado; o ridículo trânsito de Rio Bonito; a flagrante insegurança em todo território riobonitense, com destaque para o interior; o aumento desenfreado do consumo de drogas lícitas e ilícitas, que aumenta principalmente no interior; a falta de políticas públicas educacionais, culturais e esportivas; e a ausência de programas de conscientização, sobretudo para a Saúde, onde se prioriza o “remediar” e não a “prevenção”.

Lutas e mobilizações II

O problema é que em toda e qualquer mobilização existe a presença nociva de oportunistas e/ou politiqueiros. Estamos falando de gente que premeditadamente ingressa nos referidos movimentos almejando única e exclusivamente se corromper. Ou seja, amealhar vantagens ou boquinhas. Diante disso, quem participa por razões ideológicas acaba desanimando, se afasta e os problemas continuam.

Festas e eventos

O volume de reclamações sobre as festas e eventos realizadas em Rio Bonito é grande. Segundo os reclamantes “nesses espaços a droga rola solta”. A culpa é atribuída a Justiça, a Prefeitura, aos vereadores, ao Ministério Público, ao Comissariado de Menores, ao Conselho Tutelar, aos que promovem os eventos, aos clubes que cedem seus espaços etc. Concordamos que esses setores têm sim alguma responsabilidade. Contudo, por que a instituição família não entra nesse pacote? Por que papai e mamãe não são chamados a responsabilidade diante de tanta criança e adolescente se drogando?

Festas e eventos

No dia 27 de agosto de 2010, em entrevista ao jornal “O TEMPO”, Marcelo Chaves Espíndola, então juiz de Rio Bonito, disse que para autorizar esses eventos, a Justiça analisa a segurança do local. “Autorizado o evento, o pai é quem define se o filho vai à festa. Ele pode entender que, apesar de seguro, aquele não é um ambiente apropriado para o seu filho”. O Magistrado disse ainda, os pais não estão sabendo impor limites aos filhos. “Os pais precisam saber que é preciso dizer “NÃO”. Isso faz parte do processo educacional da criança. Ela (a criança) não compreenderá, mas quando a maturidade chegar entenderá. Os pais, porém, estão transferindo a tarefa, que é deles, para terceiros”.

Anderson Tinoco

Analisando o secretariado que vai assumir o comando do município no próximo dia 1º de janeiro, diga-se de passagem, excelentes nomes; a impressão que temos é que o vice-prefeito Anderson Tinoco não indicou ninguém. Estaria o nosso Andinho, desprestigiado? Que isso não seja verdade, porque o jovem vice-prefeito, que chega sem ranço político, tem muito a contribuir com o novo governo e com o município de Rio Bonito.

Caso Américo

A investigação do delegado e as possibilidades que ele anuncia não trazem nenhuma novidade. Embora a sociedade riobonitense seja dominada pelo “puritanismo”, é tudo da boca para fora. A prisão de 30, 40, 50 pessoas por estarem envolvidas nos crimes periféricos ao assassinato de Américo não irá nos impressionar. Também não ficaremos assustados se as investigações não derem em nada. O motivo é simples: ao explanar nomes, os tais “puritanos” serão expostos. Estamos falando da prática de ilícitos classificados como “inocentes ou toleráveis”, geralmente porque o sujeito é amigo ou amigo de alguém.

Dias atrás...

... Por conta da publicação de determinado comentário nessa coluna, alguém questionou: “não te preocupa expor as pessoas desse jeito? Não te incomoda saber que a pessoa, embora tenha cometido um ato condenável, tem uma família que sofre?”. A resposta veio com outra pergunta: “não deveria esse sujeito, antes de dar o passo errado, pensar na família e/ou perceber que a exposição negativa resultaria em tal vexame?”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário