quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Pág. 19 - Moradores da Jacuba reclamam da alta velocidade dos trilheiros que passam pelo bairro

Flávio Azevedo

A alta velocidade dos trilheiros tem deixado apreensivos os moradores da Jacuba.
O Grupo de Mídias “O TEMPO” tem recebido seguidas reclamações dos moradores da Jacuba. Entre elas as mais recorrentes estão relacionadas aos trilheiros e a alta velocidade de suas motos quando eles passam pela localidade. Um dos moradores afirma que por ser domingo (entre 11h e 12h), dia em que as pessoas estão em casa, o número de crianças na rua é grande, sobretudo próximo ao campo de futebol da localidade, onde os adultos também se juntam para o futebol de domingo.
– Recentemente, houve o engavetamento de 10 trilheiros, exatamente porque o primeiro freou para não atropelar uma criança. O problema é que os colegas que vinham em seguida, todos em alta velocidade, não conseguiram parar e aconteceu um engavetamento de motos. Poderia ter acontecido uma tragédia. Nada contra o esporte, que eu acho até interessante, mas se puderem diminuir a velocidade ao passarem por aqui seria muito interessante – apela um dos moradores que fez contato com a nossa redação por e-mail.

O assunto também foi tratado nas duas últimas reuniões do Conselho Comunitário de Segurança. Na reunião desse dia 5 de novembro, o tenente coronel, Wagner Guerce, comandante do 35º Batalhão de Polícia Militar, afirmou que a PM, através de blitz feitas por policiais que rodam com motocicletas, tomará as devidas providências.

O presidente do CCS, Brunos Soares, comentou que conhece as lideranças do movimento e garantiu que irá conversar com essas pessoas sobre essa questão. “São pessoas amigas, gente que está apenas se divertindo, o trabalho social que eles desenvolvem é muito interessante e eu tenho certeza que isso será resolvido. É claro que sempre tem alguém que se excede, mas a grande maioria é de pessoas conscientes e a questão será resolvida”, frisou Soares.
 
O Clube de Trilheiros de Rio Bonito, além de promover a prática do esporte, realiza trabalhos sociais relevantes. Em datas como Natal, Dia das Crianças e outras ocasiões, eles distribuem brinquedos, cestas básicas, cobertores e outros donativos às famílias carentes que moram próximas as trilhas. Entretanto, segundo integrantes do próprio grupo, alguns praticantes realmente mancham a reputação do grupo.
– Quando vamos pedir um pouco mais de responsabilidade nos chamam de velhos. A reclamação dos moradores da Jacuba é antiga e também existe em outras localidades. Já perdemos várias trilhas por conta da falta de consciência de alguns colegas. A verdade é que, hoje, as melhores trilhas estão fechadas. Esse é um problema que só nós poderemos resolver – desabafa um trilheiro.

Argumentação e consciência

Demonstrando muita consciência e até certo desconforto com a situação, o trilheiro Camilo Guerreiro comenta numa postagem no Facebook, que a velocidade é para as rodovias. Ele acrescenta que os trilheiros andam “dentro das casas das pessoas, portanto devemos ter maior respeito. Andar devagar, fechar as porteiras, não espantar os bois, cumprimentar as pessoas, isto tudo faz da parte da educação e poderá fazer do esporte uma coisa simpática aos olhos dos moradores”.
O consciente desportista, como muitos do seu grupo, também afirma que por conta da sua precaução, parte dos seus “colegas de trilha”, o classifica como um trilheiro retrógado “porque eu não gosto de correr”. Ele explica que realmente não gosta da alta velocidade e apresenta as suas razões: “A velocidade trás perigo para nós e para quem não está praticando o esporte”.

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