Pág. 5 - Prefeito José Luiz cobra participação dos pais na educação dos filhos durante reunião do CCS

Flávio Azevedo

O prefeito se disse preocupado com os jovens
e adolescentes de Rio Bonito.

Presente a reunião do Conselho Comunitário de Segurança (CCS), do último mês, realizada no dia 28, o prefeito José Luiz Antunes (DEM), concluiu a reunião falando sobre a sua preocupação com os jovens e adolescentes de Rio Bonito. Na ocasião, ele disse que “para ordenar a sociedade riobonitense, como tem sido cobrado por alguns, é preciso impor limites aos adolescentes e jovens”, posicionamento que já há algum tempo vem sendo defendido por líderes religiosos e representantes de entidades, como o padre Eduardo Braga e o presidente do Hospital Regional Darcy Vargas, Luis Gustavo Martins, respectivamente.

Sobre os carros com o volume de som acima do permitido e motociclistas que além de ser menores pilotam sem os equipamentos de segurança, o chefe do Executivo disse que a polícia tem que ser rigorosa. Ele também pediu que o secretário de Desenvolvimento Urbano, Isaías Class, veja a possibilidade de transformar o antigo galpão da guarda Municipal, em Rio do Ouro, em Depósito Municipal. O prefeito também garantiu que não vai interferir no trabalho dos policiais.

– Vocês podem procurar saber se algum dia eu liguei para algum policial pedindo que aliviasse a barra de alguém que estava cometendo uma infração. Também não faz parte da minha história ir a delegacia pedir para o delegado soltar quem foi preso por estar cometendo alguma irregularidade. Eu me orgulho de não ter essa marca na minha trajetória política – disse o prefeito.

Abordando a questão da transferência de responsabilidade dos pais para a escola, professores, igrejas e instituições em geral, o prefeito comentou que é comum as pessoas conhecerem os seus direitos e esquecerem os seus deveres. “O poder público é muito cobrado, e realmente deve ser, mas os pais precisam saber que eles também têm deveres no processo de educar. O curioso é que por mais humilde que sejam os pais, a mãe sempre sabe quanto tempo ela tem de licença maternidade; o pai sabe quantos dias deverá ficar em casa por causa do nascimento do filho, mas depois esquecem os seus deveres com essa criança que acabaram de colocar no mundo”, destacou o prefeito.

Falando sobre os professores, classe que muito tem sofrido com a falta de limites das crianças e adolescentes, o prefeito lembrou que “não são poucas as ocasiões que uma mãe procura a escola, destrata a diretora, dá um desabafo na professora, mas esquece que eles (os pais), também precisam fazer a sua parte. Eles conhecem os direitos, mas desconhecem os deveres. Ou seja, em casa, a criança não está recebendo a educação familiar”.

– Os pais, às vezes, não têm conhecimento do que pode acontecer com eles, porque o filho foi encontrado na sala de aula com uma arma, fato que ocorreu recentemente. Esse assunto deveria ser mais conversado, inclusive, com a ajuda da imprensa que poderia se aprofundar nesse tema – sugeriu o prefeito, comentando que “enquanto os pais não buscarem saber o que os seus filhos estão fazendo pela rua até tarde da noite; onde estão e na companhia de quem; os problemas permanecerão”, analisou.

Para o prefeito, os pais precisam cobrar mais dos filhos, “porque quando a polícia cobra é bem pior”. Concluindo, o chefe do Executivo fez um alerta: “se o pai acha que ele está sendo amigo do filho, por estar dando certas liberdades, ele pode ter certeza, que, na verdade, ele está sendo o maior inimigo do filho”.

Sugestão

Uma das placas de advertência sobre o volume do som dos veículos,
 que se encontra ao longo da estrada que conduz o turista ao Centro de Arraial do Cabo

Segundo fontes, parte da classe política riobonitense acusa o jornal e o programa “O TEMPO EM RIO BONITO” de serem muito críticos e não oferecer alternativas para os assuntos criticados. Para mostrar que isso não é verdade, nós vamos sugerir que as autoridades municipais de Rio Bonito adotem uma lei que existe, já há algum tempo, em várias cidades da Região dos Lagos. Aliás, nesses municípios, percebe-se que a Polícia Militar fica a vontade para atuar, tanto no ordenamento do Trânsito, quanto na sua atividade ostensiva.

Esta foto que estamos reproduzindo, por exemplo, é de uma das muitas placas que existem ao longo da via que conduz ao Centro de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos. Será que em Rio Bonito, algum político tem espírito público, suficiente, para criar instrumento semelhante? Vamos ficar na torcida!