quinta-feira, 24 de março de 2011

Pág. 13 - Carta do Leitor - Cachorros na rua

Se na edição passada (11), uma leitora se disse incomodada com os cães soltos pelas ruas da cidade,
nesta edição (12), outra leitora mostrou-se preocupada com os animais e sugere a adoção.
Gostaria de responder à opinião de alguns leitores que estão até com medo de circular nas ruas do nosso município só por pensar que encontrarão pulgas nos coitados dos cachorros abandonados, e ser ainda esta a causa até para o Transtorno Obscessivo-Compulsivo!!!

O nosso município, como qualquer outro tem problemas sim com os cachorros de ruas, mendigos, e não é por isto que vamos fingir que não estão ali na nossa frente. Aqueles são seres nomeados como os melhores amigos do Homem, transmitem um caloroso afeto e não atacam as pessoas que demonstrem carinho.  Ao invés de espantar os cachorros da rua, por que não adotá-los para o nosso lar?  Sei que não vai reduzir o problema do número de cães nas ruas, já que deveriam ser castrados, mas será um a menos sofrendo de frio e fome.

Cães sem dono estão espalhados pela cidade, que deveria
oferecer um local para abrigar "o melhor amigo do homem".
Eu adotei dois cães que apareceram na porta da casa dos meus pais há sete anos. Eles chegaram magros, quase sem pêlos, com micoses, pulgas, carrapatos. Depois de muita conversa a minha mãe deixou que os trouxesse para dentro de casa. Demos banho, alimento e, hoje, estão com aparência totalmente diferente daquela no qual encontramos na porta da nossa casa.

Fizeram e fazem parte da nossa vida nos momentos alegres e inesquecíveis. Eles nos acordam todos os dias com um abraço super apertado e de uma enorme alegria quando nos vêem. Os cachorros de rua são muito sofridos. Já passaram por tudo de ruim. Frio, fome, e assim que são adotados recompensam os nossos corações com muito amor e carinho.

Não devemos encará-los como seres repugnantes, mas como vidas que precisam de amor, afeto e uma chance para serem felizes, assim como as pessoas que moram na rua.  Por isso, ao invés de terem medo das pulgas, saia você mesmo de casa para ajudar aqueles que precisam, por que existe seres precisando de seu afeto e carinho, uma troca para a cura, sim, do Transtorno Obscessivo-Compulsivo.

Alessandra Santos

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