terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Lista suja do trabalho escravo inclui 88 novas empresas, diz Ministério do Trabalho

O trabalho escravo é uma dura realidade no Brasil
O governo aumentou para 220 o número de empregadores infratores que estão listados por utilizar mão de obra escrava no Brasil, de acordo com dados divulgados no último dia 3 de janeiro pelo Ministério do Trabalho. No Cadastro de Empregadores, que é atualizado semestralmente pelo Ministério, foram incluídas  88 novas empresas. De acordo com o Ministério, é a maior inclusão de infratores registrada desde o início do estudo, em 2003.
Por outro lado, 14 empresas saíram da lista com melhorias nas práticas e a uma, de forma temporária, por decisão judicial. As principais causas de manutenção do nome no Cadastro são a "não quitação das multas impostas, a reincidência na prática do ilícito e/ou em razão dos efeitos de ações em trâmite no Poder Judiciário", de acordo com o Ministério.
Além de diversas multas, os integrantes da "lista suja"  têm acesso vetado às linhas de crédito dos bancos públicos e não poderão vender sua produção para instituições estatais.
O governo mantém as empresas no cadastro de infratores por um mínimo de dois anos e, para limpar seu nome, os interessados devem pagar as multas correspondentes e provar que corrigiram as irregularidades.

Setores

Entre as 220 empresas exploradoras de mão de obra escrava estão principalmente fazendas, engenhos de açúcar, além de madeireiras, construtoras e indústrias têxteis.
As fazendas costumam ser acusadas de explorar seus trabalhadores com horários excessivos, baixos salários e péssimas condições de segurança, higiene e alojamento.
Em muitos casos, os trabalhadores contraem dívidas abusivas com os empregadores pelo transporte de suas cidades de origem até as fazendas e pelo aluguel do alojamento, cuja quantia pode superar inclusive o salário que percebem.

Fonte: G1

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