Problemas... Lutas...
Batalhas... Desafios... Decepções... Interrogações... Esses são alguns dos
elementos que formam uma tempestade na vida do ser humano. Os estragos são
muitos e inevitáveis, sobretudo porque o controle dessa tormenta está na mão de
um ser que está sempre interessado em nos destruir. Mas... Como vencer? Como
superar? Como amenizar as sequelas de uma tempestade? O que fazer para que ela
não mine a nossa vida física, mental e espiritual?
Bem, para responder
esse questionamento é importante refletir na história que está escrita no
capítulo 14, versos 22 a 32, do livro de S. Mateus. Diz o relato sagrado que
Jesus ordenou que os seus discípulos entrassem no barco, e fossem adiante dEle para
o outro lado, enquanto Ele despedia a multidão. Despedida a multidão, (Jesus) subiu
ao monte para orar, à parte. E, chegada a tarde, estava ali só. E o barco
estava já no meio do mar, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário.
Mas, à quarta vigília
da noite, dirigiu-se Jesus para eles (os discípulos), andando sobre o mar. E os
discípulos, vendo-o andando sobre o mar, assustaram-se, dizendo: “Um fantasma!”.
E gritaram com medo. Jesus, porém, lhes respondeu: “Tende bom ânimo, sou eu,
não temais”. Respondeu-lhe Pedro: “Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo
por cima das águas”. E ele disse: “Vem”.
E Pedro, descendo do
barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte,
teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, me salva! E
logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por
que duvidaste? E, quando subiram para o barco, acalmou o vento.
A intrepidez de Pedro
nos deixa algumas lições importantes. A primeira deixa claro que quando queremos
andar na direção de Jesus, não importa o caminho, Ele sempre dirá “venha!” e
nós poderemos ir. A segunda lição, e essa eu gostaria de me deter um pouco
mais, é que quando estivermos andando por superfícies difíceis, não podemos
desviar os olhos de Jesus. Pedro foi bem até que deixou de prestar atenção em
Jesus para sentir o vento da tempestade. Há quem diga que em seu coração nasceu
um espírito de soberba e ele desejou olhar para trás com o objetivo de ver a expressão
dos seus companheiros.
Entretanto, quando o
lugar de Jesus foi tomado por esses sentimentos... Quando a soberba tomou o
lugar da devoção ao mestre... Quando Pedro tirou os olhos de Jesus para pensar
em outra qualquer coisa... Ele começou a afundar. Contudo, ele pediu socorro a
Jesus, iniciativa que podemos colocar como a terceira lição desse relato
(porque nem sempre fazemos isso).
Aliás, no livro de Hebreus,
capítulo 12, versos 1 e 2, o autor do livro diz o seguinte: “Portanto, nós
também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas,
deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos
com paciência a carreira que nos está proposta. Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que
lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à
destra do trono de Deus.
Os técnicos de todas as modalidades
esportivas dizem que durante uma luta, sobretudo se estivermos falando de
esportes individuais, o ideal é olhar sempre o adversário nos olhos. Segundo o
texto bíblico, porém, o nosso olhar deve estar fixo em Jesus, “autor e
consumador da fé”.
A quarta e última lição está na
chegada de Jesus ao barco que estava sendo açoitado pela borrasca. Segundo o
relato, quando Ele subiu na embarcação, a
tempestade passou. Isso deixa claro qual deve ser a nossa atitude diante das
tempestades. É preciso deixar que Jesus, diariamente, entre no barco das nossas
vidas, porque quando Ele entra a tempestade acaba. Que possamos entender a
dependência que temos de Deus e de Jesus. Que Eles sejam figuras constantes em
nossas vidas... A cada decisão... A cada escolha... A cada iniciativa tomada.
Concluo com o
conselho deixado no livro de Salmos. No verso 5 do capítulo 37, o salmista escreveu:
“entrega o teu caminho Senhor, confie
nEle e o mais Ele fará”.
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