Pág. 3 - Agente de Trânsito: Indústria da multa ou ferramenta de ordenamento urbano?

Por Flávio Azevedo

Na sessão do último dia 26 de outubro, parte dos vereadores rejeitou a mensagem do Executivo, que previa a criação do cargo de Agente de Trânsito. Para o prefeito José Luiz Antunes (DEM), essa seria a única maneira de coibir os abusos e excessos praticados no trânsito da cidade. Já os vereadores, contrários a mensagem, afirmam que os agentes seriam utilizados como instrumento político. Alguns também apontam a aprovação do cargo como uma forma de implantar a “indústria da multa” em Rio Bonito.

Enquanto isso, motoristas e motociclistas continuam guiando embriagados, avançando o sinal e desrespeitando as regras de boa convivência no trânsito. As motocicletas, quase todas irregulares, trafegam com três ou quatro pessoas sem serem incomodadas. Já os carros permanecem sendo estacionados em fila dupla, tripla e/ou sobre calçadas.

Em Rio Bonito, pilotar motos sem capacete continua sendo “normal”. Aliás, também é dispensável a utilização de itens como faróis, placas, lanternas, setas, entre outros acessórios “inúteis e supérfluos”.

Se esses desmandos não preocupam os parlamentares, a sucessão da mesa diretora para o próximo biênio (2011/2012) tem tirado o sono dos nossos dedicados vereadores. Sobre os Agentes de Trânsito, conheça a posição dos nobres edis. Aliás, não esqueça esses rostos, porque eles reaparecerão nas urnas ou até na sua casa, em 2012.

Abner Alvernaz Júnior – Neném de Boa Esperança – (PTN): contrário;

Carlos André Barreto de Pina – Maninho – (PPS): contrário;

Carlos Cordeiro Neto – Caneco – (PR): contrário;

Marcos Vinícius Moreira Botelho (PR): contrário;

Rita de Cássia Borges Martins Gomes (PP): contrária;

Aliézio Nunes de Mendonça (PP): não compareceu a sessão.

Fernando Marinho Soares (PMN): “não votei por ser presidente da casa”.

Humberto Alexandre Belgues da Costa Ramos (PSDB): favorável;

Saulo Borges de Mendonça (PTB): favorável;

Márcio da Cunha Mendonça – Marcinho Bocão – (DEM): favorável.

Nota da Redação: nenhum desses vereadores tomou a Câmara de assalto. O que conduziu cada um deles ao parlamento municipal foi o nosso voto. Sendo assim, antes de qualquer revolta, é salutar olharmos o nosso umbigo e tentarmos nos lembrar em quem votamos, e a que preço, nas últimas eleições. Se o voto foi consciente... Parabéns! Se você vendeu... Os nossos pêsames! Para o vendedor fazemos apenas uma pergunta: está valendo à pena?