A ex-prefeita Solange Almeida (PMDB) espera ser confirmada a candidata do seu partido nas convenções de junho. |
Com o objetivo de receber os pré-candidatos à Prefeitura de Rio Bonito, o programa “O TEMPO EM RIO BONITO” recebeu no último dia 15 de abril, a ex-prefeita Solange Almeida (PMDB) para um papo sobre os seus projetos para Rio Bonito, caso a sua candidatura seja confirmada, em junho, quando acontecerão as convenções do PMDB. A conversa girou em torno de assuntos como Qualificação Profissional, Turismo, Agricultura, Indústria e Comércio e fonte de financiamento para os projetos pretendidos. Além disso, também foram abordados a relação com o Servidor Municipal, a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração, o Trânsito da cidade, Segurança e representação política.
A respeito do tema Qualificação Profissional, a ex-prefeita lamentou a perda do Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET), que aconteceu, segundo ela, porque o prédio do Colégio Municipal Dr. Astério Alves de Mendonça, na Mangueirinha, não foi cedido por inteiro. Ela disse também que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) oferecerá nos próximos meses, por conta de parceria com a Petrobras, cursos gratuitos de qualificação para moradores de Itaboraí, Niterói, São Gonçalo e Maricá. “Rio Bonito, não sabemos porque, acabou ficando de fora”, lamentou a ex-prefeita que teme um apagão de mão-de-obra que pode acontecer em 2016.
Apesar de lamentar o fechamento de algumas turmas de Educação Para Jovens e Adultos (EJA) no município, a ex-prefeita aproveitou a oportunidade para fazer um apelo a população: “concluam o Ensino Médio, porque nas empresas que estão chegando na região, atraídas pelo petróleo, quem não tem segundo grau não serve nem cafezinho. Sendo assim, se você ainda não concluiu os estudos, faça um esforço e termine para não correr o risco de ficar desempregado – comentou.
Sobre Turismo, tema apontado pelo âncora do programa como fonte de emprego e geração de renda, a ex-prefeita iniciou com um questionamento: “mas as pessoas ficarão hospedadas onde? Porque o setor hoteleiro em Rio Bonito precisa de investimentos”. Ela enumerou pontos com as localidades de Lavras, Tomascar, Cachoeira dos Bagres e Braçanã, que poderiam ser suportes importantes para o setor Turístico, mas ponderou que o acesso é ruim e não existe políticas públicas nessa direção. A questão da Serra do Sambê, “que vem sofrendo seguidos desmatamentos”, é outro ponto, apontado por Solange, como “tema a ser tratado com prioridade”.
Durante a entrevista também foi tocada a questão da Agricultura, da Indústria e do Comércio, pastas que a ex-prefeita afirma precisarem serem desmembradas. Ela afirma que o bom momento da economia do país favorece os municípios e isso deve ser aproveitado. “Além de fomentar o Condomínio Industrial do 3º Distrito (Basílio), outro condomínio deveria ser criado no 2º Distrito (Boa Esperança); e outro as margens da BR – 101, em direção a Silva Jardim, para dar crecimento ao Rio do Ouro”, analisou.
Parcerias com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); incentivar o Turismo Rural; buscar recursos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES); construir um teleférico que ligue a Mangueirinha a Serra do Sambê; ordenar o Centro da cidade; regulamentar horário de Carga e Descarga e a questão da coleta de lixo do Centro; são outros pontos que, segundo Solange, precisam ser implementados para dinamizar o pólo comercial da cidade. “A Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) faz um trabalho excelente, mas precisa de parceria da Prefeitura, porque comércio forte gera desenvolvimento econômico”, disse a ex-prefeita reiterando que o município precisa estar adiplente e com certidões negativas no governo federal para conseguir recursos.
Sobre a burocracia, coisa normal a máquina pública, mas que atrapalha o desenvolvimento do município, as ações do governante, e trás sérios prejuízos ao munícipe, Solange afirma que o ideal seria a criação de uma Secretaria de Gestão e a utilização de Tecnologia da Informação, especificidades que dariam suporte às Secretarias da administração municipal. Convicta de que é possível realizar o que ela vislumbra, a ex-prefeita comenta que “quando eu deixei a Prefeitura, em dezembro de 2004, o Orçamento era de R$ 52 milhões, hoje, é de R$ 180 milhões”.
Questionada sobre como será a sua relação com o Servidor Municipal e se irá implantar o tão sonhado Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), atualmente pronto, mas travado pelo Executivo, a ex-prefeita disse que precisa analisar o tema e, sobretudo ter conhecimento dos números do PCCR.
– Nós temos uma dívida com o Servidor. Precisamos fazer Concurso Público – eu fiz dois na minha gestão – e pensar a questão salarial do Servidor. A nossa Prefeitura tem o pior salário da Região, mas o momento econômico do país é bem diferente de quando eu fui prefeita – pondera Solange comentando que o volume de contratados precisa ser revisto, mas em programas específicos é inviável o emprego de servidores efetivos.
Durante os debates sobre o caótico Trânsito da cidade, sobretudo no Centro; a questão da Segurança e a necessidade da representação política do município, junto a outros poderes, a ex-prefeita usou uma frase de efeito: “pior que a miséria de recursos é a miséria de vontade”. Segundo ela, vários temas que incomodam o bem estar da população podem ser resolvidos se o governante tiver coragem de fazer. “Precisamos criar a Secretaria de Segurança Pública, que deve ser gerida por alguém especialista em Inteligência; o Transporte Público do município precisa ser discutido; temos que implantar mão inglesa na Avenida Castelo Branco (Rua dos Bancos) e já precisamos de uma Rodoviária Municipal e outra Intermunicipal”, ponderou.
A ex-prefeita também cobrou os projetos sobre Segurança e Monitoramento apresentados pela Prefeitura Municipal. “Porque ainda não foram implantados? Gente isso não é caro!”, disparou. Ela também abordou a dica do secretário de Segurança Pública José Mariano Beltrame, que durante a reunião com os representante da sociedade civil organizada de Rio Bonito (encontrado agendado por ela), sugeriu a contratação de policiais militares nos seus dias de folga para reforçar a Segurança da cidade, “o que não aconteceu até agora”, concluiu.
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