segunda-feira, 6 de maio de 2013

Pág. 17 - Segurança, só “nas mãos de Deus”

Flávio Azevedo

Um dos problemas que aflige a sociedade moderna é a violência. A insegurança é um fator social reclamado por famílias e pessoas de todas as idades e classes sociais. Homens, mulheres e crianças são vítimas desse flagelo que tem fundamento na conhecida desigualdade social. Todavia, alguns pensamentos apontam o crescimento da violência ao enfraquecimento da religião, substituída sem nenhum constrangimento pelo relativismo e pelo secularismo.

“O jornalista agora ficou louco”, alguém poderá dizer. Entretanto, durante entrevista com o então delegado de Rio Bonito José Pedro Costa da Silva (2009), ao ser questionado sobre as origens da violência, eu me lembro dele ter dito que “ela nasce na falta de Deus”. O policial não está sozinho nesse pensamento. O atual delegado da 119ª DP (Rio Bonito) afirmou em entrevista concedida a este jornalista, em 31 de julho de 2011, que “a sociedade está carente de Deus”.
– As pessoas precisam buscar uma igreja, porque os valores morais estão fragilizados com tamanha libertinagem, que não é o mesmo que liberdade. Em 1985, nós saímos de um regime de repressão, onde não se podia fazer nada. A partir dali, nós passamos para um regime democrático, onde não se pode fazer tudo. O problema é que as pessoas pensam que podem tudo, mas não é assim – ponderou.

Diante dessas declarações, não foram poucos os leitores e ouvintes entendendo que os delegados estavam transferindo a responsabilidade, que é deles, para Deus. Mas não é nada disso! A declaração do policial acompanha o pensamento do sociólogo Émile Durkheim. Apesar de ateu, o pensador diz que a religião funciona como uma espécie de “mola moral”. O sujeito é mau, mas lá no fundo ele tem um lado bom adormecido. Esse lado positivo pode estar alicerçado numa série de experimentações do seu passado, inclusive, com no âmbito religioso.

Talvez o estranhamento das pessoas se dê pelo fato de que poucos conhecem o verdadeiro significado da palavra religião, que está longe de ser apenas o “ir à igreja”. A quem diga que a palavra “religião” deriva do Latim “religare”, ou seja, “religar o homem a Deus”. Outros já usam a definição de Martinho Lutero (Gottesdienst), que pode ser traduzida como “serviço a Deus”. Ambas as teses podem ser aproveitadas em nosso contexto. “Mas como ligar, religar ou servir melhor a Deus?”.

Bem, quem não se lembra da fala de Jesus em S. Mateus 11 – 28 a 30. “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Diante desse cenário de insegurança e violência, vale destacar que para fazer alguém sofrer não é preciso atingir fisicamente o indivíduo. Isso pode ser feito com palavras e atitudes, o que, às vezes, pode violar ainda mais a vítima.

Mas Jesus nos convida a irmos até Ele. Daí por diante, basta analisar a poesia contida numa melodia cantada por pessoas de todas as denominações religiosas. A canção “Segura na Mão de Deus” é um lenitivo para qualquer um (religioso ou não) nos momentos de aflição e sofrimento. Medite na sua letra:

Se as águas do mar da vida quiserem te afogar
Segura na mão de Deus e vai
Se as tristezas desta vida quiserem te sufocar
Segura na mão de Deus e vai.

Refrão: Segura na mão de Deus, segura na mão de Deus,
pois ela, ela te sustentará
Não temas segue adiante e não olhes para trás
Segura na mão de Deus e vai.

Se a jornada é pesada e te cansas da caminhada
Segura na mão de Deus e vai
Orando, jejuando, confiando e confessando
Segura na mão de Deus e vai.

O Espírito do Senhor sempre te revestirá
Segura na mão de Deus e vai
Jesus Cristo prometeu que jamais te deixará
Segura na mão de Deus e vai.

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